domingo, 7 de setembro de 2008

cidade

Quatro subidas e descidas numa combinação matemática visionaria supersticiosa.
Uma promessa de fome se for necessário para instigar o espírito daquele que deseja e arranca coragem.
Eles brincam e se divertem com a imaginação de saques, jogos, loucuras. Orgias para a alma se confortar.
Quantos poemas de corso?

Desavisados das complexidades das coisas, sorriem com a libertação da simplicidade.
Alguns analgésicos elétricos sem intenções de burlar a dor.
Todas as intenções com o mundo. Encanto, desencanto, tudo por inteiro.
É certo que cada um tem seu passado.
Fecharam avenidas para protestar.
Conspiraram contra a ordem, e em festas impróprias montaram bandos, bandoleiros saqueadores de super mercados vinte e quatro horas.

Um urubu que sabe aproveitar o dia.
Conversas políticas acompanhadas com doses de álcool espirituoso numa passeata lésbica.
Um urubu vagabundo que sabe que não precisa bater muito as asas para voar.
Bicha que se encanta com os quadris amigos.
Uma prosa romântica qualquer.

Coiote com instinto busca perdidamente nos morros da cidade do aço um tiro de prazer.
Coiote entre estranhos numa garupa de moto, excitado com a aventura da noite da lua que chora.
Na manhã uma despedida do parceiro de crime.
Inesquecível jovem operário marginal sem nome.

Mantendo-se vivo na terra das infâncias felizes.
Esperando a chegada daqueles que vida é não ter medo de morrer.

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